9 de agosto de 2015

[RESENHA + FILMES] Quarteto Fantástico

Título Original: Fantastic Four
Duração: 100 minutos | • Ano: 2015
Direção: Josh Trank
Elenco: Miles Teller, Kate Mara, Michael B. Jordan, Toby Kebbel, Jamie Bell
Filmow: Quarteto Fantástico

Assim como Homem-Formiga (2015), Quarteto Fantástico era um filme no qual estava apostando pois não estava sendo bem visto. ERA! Indo no segundo dia de estreia, percebi que a maioria esmagadora das críticas estava certa: o filme é péssimo. “Um trailer de 100 minutos para um filme que nunca acontece”, como diz o The Hollywood Reporter em sua resenha.
Quatro adolescentes são conhecidos pela inteligência e pelas dificuldades de inserção social. Juntos, são enviados a uma missão perigosa em uma dimensão alternativa. Quando os planos falham, eles retornam à Terra com sérias alterações corporais. Munidos desses poderes especiais, eles se tornam o Senhor Fantástico, a Mulher Invisível, o Tocha Humana e o Coisa. O grupo se une para proteger a humanidade do ataque do Doutor Destino.







Josh Trank ficou conhecido por seu incrível filme sci-fi em estilo found-footage, Poder Sem Limites (2012): três adolescentes que adquirem poderes ao entrar em contato com um objeto de outro planeta. Até esse ponto, qual a diferença entre Poder Sem Limites e Quarteto Fanástico? Ao nos contar novamente a origem do Quarteto e seu combate contra o Dr. Destino (Toby Kebbel), Josh nos entrega um filme sem emoções, com um elenco razoável, onde nada acontece.



Não discordando da competência de Josh, mas o roteiro desse filme parece ter sido escrito às pressas, contra o prazo de entrega. Enquanto o começo dele é arrastado, seu final é jogado, sem convencimento, pouco inteligente. Indo por partes: nos primeiros 10 minutos do longa, nos é mostrando o quanto Reed Richards (Miles Teller/Owen Judge) é inteligente e menosprezado por isso, tendo como único suporte, seu amigo de infância Ben Grimm (Jamie Bell/Evan Hannemann). Depois de um avanço de 7 anos no futuro, a história acompanha a equipe sendo formada: Sue Storm (Kate Mara), Viktor Von Doom, Johnny Storm (Michael B. Jordan) construindo o equipamento de viagem interdimensional e adquirindo os poderes. Depois disso, mais um salto no tempo, dessa vez de um ano.

Esse é o terceiro longa da 20th Century Fox sobre o Quarteto Fantástico. Até agora, nenhum dos três filmes teve uma média de classificação no Metacritic maior que 45/100.
A primeira metade do filme (a apresentação dos personagens, expor como foram conseguidos os poderes, como os militares estão usando isso) é demorada. Apesar de serem jovens, os personagens são infantilizados; as farpas que Viktor e Reed trocam parecem briguinhas de crianças. Não há desenvolvimento amoroso entre Reed e Sue. Ben, apesar de ser, talvez, o melhor personagem dessa obra, é jogado totalmente para escanteio. Johnny Storm não passa de um crianção revoltado com o pai e que insiste em desperdiçar seu talento como “engenheiro” construindo carros para competir em rachas.

Não há desenvolvimento psicológico dos personagens, não há como simpatizar com nenhum dos personagens. E minto! O único desenvolvimento que parece ser fácil de digerir é a relação entre Ben e Reed: um sempre tentando proteger o outro, os músculos tentando proteger o cérebro. Sue Storm, assim como sua superidentidade, é totalmente invisível no filme.

Fazendo um rápido comparativo aqui com a série The Flash (2014 -), gostaria de dizer que Johnny é o personagem fora de contexto no filme. A comparação é algo da minha cabeça, pois em Flash há um vilão chamado Onda Térmica, que é interpretado pelo incrível Dominic Purcell (Prison Break). A coisa mais característica desse personagem é a volatilidade desse personagem: seu humor é inconstante. Ele assume a identidade do fogo. Em Quarteto Fantástico não vemos isso: Johnny é apenas a “quebra de tensão” das cenas, o engraçadinho irresponsável. Ele não assume a identidade do fogo. Mas isso é apenas algo que pensei enquanto assistia ao filme.

"O fim do seu mundo... é o começo do meu!"Dr. Destino
Viktor como Dr. Destino deve durar algo em torno de vinte minutos do filme. O personagem é feio fisicamente (assim como todo o filme, em questão de efeitos especiais, é muito amador), com uma motivação até aceitável, mas absurdamente fácil de ser derrotado. O Dr. Destino que conheço é muito mais inteligente. E quando o filme acabar, não espere cenas pós-crédito. Como meu irmão disse: seriam necessários uns 10 minutos de cena pós-crédito para fazer valer. A única coisa que consegui fazer quando acabou o filme foi rir. O filme é ridículo, fica entalado na garganta e pior de tudo, manchou mais ainda o nome da 20th Century Fox em questão de adaptação de quadrinhos.

P.S.: enquanto assistia a alguns trailers e tv spots do filme, contei 7 cenas que não aparecem no filme ou diálogos que foram reescritos. Deve ser por causa das refilmagens que foram feitas... e nem com as refilmagens conseguiram fazer algo que prestasse.

[+] Cenas preferidas do filme – contém spoiler:
• A excursão até a outra dimensão;
• A explosão no laboratório;
• Viktor atacando a Ária 57.

Como se não bastasse tudo isso, o próprio diretor do filme botou a boca no trombone e falou sobre a produção do mesmo. "Um ano atrás, eu tinha uma versão fantástica desse filme. E isso teria recebido ótimas críticas. Vocês provavelmente nunca o verão. Isso é realmente difícil", postou em sua conta no Twitter, mas logo deletou o post. Aparentemente, assim como o filme finalizado, sua produção foi uma grande confusão.

[+] Veja também os seguintes links relacionados:
Cinema #20: Os Vingadores – A Era de Ultron;
Cinema #9: Guardiões da Galáxia;
Cinema #2: X-Men – Dias de Um Futuro Esquecido;
X-Men: A Busca por Legião

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