22 de outubro de 2015

[CRÍTICA SÉRIES] American Horror Story: Hotel 5x03 - Mommy

Em meio à mais críticas, boicotes e audiência baixando, o Hotel Cortez continua aberto para mais visitações e dessa vez, trazendo uma personagem que muitos estavam ansiosos para ver. Se você estava ansiando por um episódio dramático, Mommy é este e poderia muito bem servir como propaganda para o Dia das Mães, fazendo jus ao nome. ESTE POST CONTÉM SPOILERS!
Depois de descobrir que matar é uma coisa boa, Tristan decide fazer uma vista a James March, em seu quarto. Sendo interrompidos por Claudia e Will, James descobre que Will fará mudanças na estrutura do seu hotel, que todas as suas câmaras de tortura serão descobertas. Ele então pede ajuda a Tristan, para eliminar essa ameaça. Claudia acaba sendo a próxima vítima do Hotel, do viciado que foi costurado no colchão por Sally, nos dois episódios anteriores. Faltando apenas Will para ser eliminado por Tristan.

Numa cena homoerótica, Tristan seduz Will na tentativa de matar o homem, mas acaba sendo impedido pela Condessa, que tem planos bem diferentes para o novo dono do hotel. Depois de chegar duma nova cena de crime (dessa vez o Assassino dos Dez Mandamentos deixou bem clara a mensagem “Não Levantarás Falso Testemunho”), John encontra o tal drogado coberto de sangue e em estado catatônico. Num momento de delírio, ele revela ao detetive que é tudo culpa de Sally. John então decide prender a viciada.
Apesar de muito drama, esse episódio também está recheado de cenas sensuais e excitantes.
Donovan, desesperado por sangue e agora expulso do hotel, resolve procurar por pessoas que ninguém dará pela falta, mas acaba sendo capturado por Ramona Royale (Angela Basset), que conta para o rapaz toda a desgraça que a Condessa fez a moça passar e ainda revela que tem um plano para dar o troco na ex-dona do Cortez. Alex vai até o hotel procurar por John, dizendo que não aguenta mais a situação entre os dois e que quer o divórcio. Enquanto percorre os corredores do hotel, Alex vê nada mais, nada menos que seu filho desaparecido, o qual fala docemente para ela “Hi, mommy!”.

Apesar de ter 52 minutos, é um episódio onde pouca coisa acontece e, como já citado, é um episódio sobre mães e filhos. Primeiro de tudo, depois da cena de abertura, Alex nos conta como foi ser mãe de Holden. É um relato triste, dramático e intenso! Em um momento ela se recrimina por ter amado tanto Holden, mas não ter conseguido sentir o mesmo por Scarlet. Holden era a razão da vida dela, até quando ele desapareceu. “Primeiro, toda vez que você ouve o telefone, você pensa que o acharam. Seu coração acelera. Depois de mais ou menos um mês, o telefone é só o telefone. (...) Então um ano passa e você entende que o próximo ano não vai ser muito diferente”, ela diz. É triste ver o estado em que ela ficou e a atuação de Chloë é de fazer brotar lágrimas nos olhos.
Desde o primeiro episódio, sabemos que a relação entre Donovan e Iris não é  uma das melhores e ele deixa isso bem escancarado, mas nesse episódio ele despeja tudo em cima da mulher. É como se o homem se libertasse de um fardo que ele carregasse, chegando a dizer que queria que a própria mãe se matasse - coisa que quase acontece nesse episódio, já que Sally ajuda Iris a se matar. Mas mesmo dizendo algumas coisas do passado deles (principalmente sobre o pai de Donovan), nada é especificado, levando a uma possibilidade de que haverá uma cena (ou vários recortes) com mesmo impacto que a em Freak Show, onde Dell Toledo (Michael Chiklis) vende o nascimento de seu filho como uma atração.

Até então, temos três tramas de maior importância na série: (1) o plano da Condessa de se casar com Will, tomar todo o dinheiro dele; (2) as investigações do Assassino dos Dez Testamentos; (3) a vingança de Ramona Royale. São essas as tramas que estão movendo a temporada, dessa forma, separando bem, eles não vão se perder com a história como fizeram com as duas temporadas anteriores, onde a trama principal parecia acabar no meio da temporada e o resto dela era puro enchimento de linguiça.

Angela Basset chega na temporada de forma maravilhosa, ofuscando o encanto inicial que Lady Gaga proporcionou. Ramora era uma estrela de cinema, poderosa, glamorosa, que se deixou levar pela sedução de Elizabeth – que também a infectou com o vírus do vampirismo. A cena em que Ramosa é transformada, é a segunda cena homoerótica do episódio e, provavelmente, a 5 cena de sexo em que Gaga está presente.
A história de Ramona também é muito bonita: a moça se deixou levar pelo amor que sentia por Elizabeth, mas ao longo dos anos esse amor foi acabando, até o momento em que a atriz se encantou por um rapper que estava começando a fazer sucesso. Ela então descobriu que aquele homem era o amor de sua vida. Como dito pela Condessa no episódio anterior: o único amor que se pode ter, é o amor por ela. Num acesso de loucura, Elizabeth mata o homem de Ramona, deixando a mulher desamparada. Como vingança, a atriz quer matar os filhos da Condessa com a ajuda de Donovan.

Os produtores perceberam que já estava na hora de dar destaque para Liz Taylor e não fazer com que ele apenas servisse drinques em seu bar. Entre bebidas, Liz abre um pouco os olhos de Donovan sobre a mãe do rapaz: “Não nego que aquela mulher é horrível. Horrível! Mas nos seus próximos cem anos de existência, você poderá achar alguém que te trate melhor, que foda melhor, que te faça rir mais do que chorar. Você nunca achará alguém que te ame tanto quanto ela te ama.”. Não é esse o momento de impacto que esperamos de Liz, mas já é um começo. O episódio termina de uma forma um tanto inesperada.

Duas coisas que me incomodaram muito foram em questão da atuação: quando Alex diz a John que quer o divórcio, o detetive começa a chorar e diz que acha que está enlouquecendo, que está vendo coisas. Wes Bentley chorando tornou essa cena tão falsa e risível quanto Lady Gaga chorando depois de sua personagem ver Ramona com o rapper.

[+] Pontos fortes e fracos do episódio 5x03:
• A relação entre Donovan e Iris sendo aprofundada é um dos pontos mais fortes do episódio, assim como Alex contando seus sentimentos como mãe;
• A personagem Ramona Royale é uma atração que precisa ser estendida até o fim da temporada, no mínimo;
• Os minutos nada-com-nada de Evan Peters fazem pensar se o personagem não vai ser aproveitado;
• Quando vão dar um espaço maior para as investigações do Assassino dos Dez Mandamentos? Certo que isso não é o foco agora, mas poderia haver uma abertura maior.

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