26 de maio de 2014

Cinema #2: X-Men - Dias de Um Futuro Esquecido

• Título Original: X-Men: Days of Future Past
• Ano: 2014 | Duração: 132 minutos
• Direção: Bryan Singer
• ProduçãoLauren Shuler Donner
• Elenco: Hugh Jakcman, James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Patrick Stewart, Helle Berry, Ian McKellen, Nicholas Hoult, Peter Dinklage
• Nota: 3
• Sinopse: Os X-Men enviam Wolverine para o passado, numa tentativa desesperada de mudar a história um evento que resulta na condenação para humanos e mutantes.


Desde muito novo, X-Men foi (e sempre continuará) sendo o meu desenho animado favorito, juntamente com as maravilhosas HQs. O maravilhoso X-Men: Revolution que passava na SBT e contava com personagens icônicos. Os filmes, cada um mais bem feito que o anterior... mesmo não gostando muito do segundo. Veio então X-Men: Primeira Classe (2011). Do nada, chegou arrasando quarteirões e logo se tornou um blockbuster. Ficamos então na expectativa para X-Men: Segunda Classe, como fora chamado inicialmente. Fui ficando ansioso cada vez mais com as divulgações do filme; divulgações essas que deveriam ter sido maneiradas. O fato é: minhas expectativas caíram por terra.

O filme inicia com um prólogo interessante, nos situando do futuro da raça humana. Homens e mutantes condenados sob o poder dos Sentinelas. Fome, morte, miséria, esperanças quase nulas. Nessa história, onde entram os X-Men para salvar a pátria? Ora, estão lutando pela sobrevivência. O filme também conta com um combate inicial entre um grupo de mutantes sobreviventes e os temidos Sentinelas. Grupo recorrente, esse, que acaba sendo totalmente inexplorado ao longo do roteiro.

A escolha do diretor por viagem no tempo foi algo arriscado, mas não deixa de ser interessante. Quem não gosta daquela tensão de notar todos os atos dos personagens e tentar adivinhar quais as consequências destes no futuro? Pelo fato do filme ter uma linha temporal psicológica, e em certos momentos ela convergir, fica difícil de nos situar na cronologia dos filmes. Os roteiristas escolheram uma temática, mas em certos momentos eles tiveram problemas em desenvolvê-la.


No meu Twitter eu fiz uma brincadeira dizendo que o filme deveria se chamar "X-Men: Dias dos Mutantes Esquecidos". Toda brincadeira tem um fundo de verdade, e essa não deixa de ter o seu, já que eles esqueceram de trabalhar com bons mutantes apresentados. É facto que eu me apaixonei à primeira vista por Blink (Fan Bingbing) e Mancha Solar (Adan Canto), mas porque desperdiçar boas personagens como Tempestade (Halle Berry), Colossus (Daniel Cudmore) e até mesmo os antigos Magneto (Ian McKellen) e Professor Xavier (Patrick Stewart). Você então pode argumentar dizendo que o foco é o passado. Tudo bem, eu entendo isso!, mas por quê reduzir a quase nada a participação de atores tão bons?

Analisando mais ainda o roteiro, vemos que o diretor perde o foco, às vezes. Ele se deixa levar em cenas sem importância e esquece do foco principal: impedir um acontecimento importante pelas mãos de um querido. Poderia e deveria ter sido explorado mais o Bolivar Trask (Peter Dinklage) e não ter resumido a sua participação a expressões impactadas e discursos repetitivos em reuniões. Ainda nessa linha de pensamento, temos os tão temidos Sentinelas, que agora se tornam uma força-tarefa bem mais potente.


Mas falando assim até parece que eu não gostei do filme. Muito pelo contrário, eu gostei dele. Os efeitos especiais são impecáveis, a trilha sonora dos anos 70 caiu como uma luva e as cenas com o Mercúrio (em slow-motion) foram simplesmente alguns dos auges do filme. Além de, claro, algumas participaçõezinhas mais que especiais no final. Alguns participações de 10 segundos e outras de quase 1 minuto.

Foi legal a maneira que eles escreveram uma história onde o passado brinca com o futuro. Quando Wolverine volta num tempo onde ele sabe mais que os outros, mas numa versão mais antiquada de si mesmo, ele tira sarro dele próprio. Não podemos deixar de lado Wolverine. Sarcástico, violento e sucinto como só ele, ele é um divertimento para muitos - principalmente na cena em que Hugh aparece nu. O filme continua com a mesma linha divertida que a trilogia anterior. E algo que eu notei e acho que merece ser comentado é que têm uma cena onde Hank, Logan e Charles estão numa sala com alguns televisores e em um deles está passando uma cena da série Star Trek. Eu ri alto no cinema e algumas pessoas não entenderam, talvez não saibam que Patrick Stewart participava da série.

No geral, o filme é inteligente, intrigante, monótono em certas partes, triste pela morte de personagens queridos e em certas cenas dramáticas, mas é aquele tipo de filme que, no dia seguinte, você não lembra mais de nada. Agora é só esperar pela era Apocalipse, que apareceu na cena pós-credito nesse filme.


X-Men: Apocalipse estreia dia 27 de maio de 2016 e contará com o elenco da trilogia inicial, ou seja, poderemos rever a espetacular Jean Grey. E espero que dessa vez deem o foco necessário aos mutantes apresentados.

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