29 de maio de 2014

Fortaleza Digital - Dan Brown

• Autor: Dan Brown
• Editora: Sextante
• Gênero: Suspense
• Número de Páginas: 297 páginas
• Número de Estrelas: 5 estrelas
• SkoobFortaleza Digital
• Comprar: Extra | Submarino

Esse é um dos livros mais antigos da minha coleção e o primeiro do Dan Brown que eu obtive. Quem o comprou para mim foi meu irmão e também foi o primeiro a lê-lo. Ele super recomendou o livro e quando eu decidi pegar para ler da primeiro vez, houve uma estranheza por causa do tema abordado, mas agora, eu me interessei pelo livro de um jeito insano. Um amigo meu afirmou que esse é um dos melhores livros do autor, e depois de terminar essa leitura, só posso ratificar.
Responsável por monitorar as comunicações de todo o planeta e proteger informações do governo dos Estados Unidos, a ultra-secreta NSA, a Agência de Segurança Nacional americana, investiu às escondidas numa arma revolucionária para combater a ação de grupos terroristas na era da informática. Seu trunfo é o supercomputador TRANSLTR, capaz de decifrar em poucos minutos qualquer mensagem encriptada enviada pela Internet. Quando o infalível TRANSLTR é paralisado por um misterioso código, a agência convoca a chefe do Departamento de Criptografia, a matemática Susan Fletcher, para investigar o que está acontecendo. Susan faz uma descoberta aterradora: a NSA se tornou refém do gênio da computação Ensei Tankado.
Fato característico das obras do autor é o uso de flashbacks. Ao longo da narrativa, os personagens, suas ações e psicológico, são aprofundados com a ajuda deles. Acontecimentos do passado deles que os tornaram quem são, que fizeram tomar tais atitudes e até mesmo, onde trabalham. Um dos problema é que o autor parece se entusiasmar demais nessas cenas e quando volta para o "presente" fica algo confuso, até.
Cinco anos, 500 mil homens-hora e 1,9 bilhão de dólares depois, a NSA provou mais uma vez do que era capaz. O último dos três milhões de microprocessadores, cada um do tamanho de um selo postal, foi soldado em seu lugar, a programação interna do computador foi finalizada e o revestimento de cerâmica, fechado. O TRANSLTR havia nascido.
Dan Brown nos bombardeia com aulas de história da computação. Criação de programas do governo estadunidense, modelos criptográficos, termos hackers, etc. Mas ha também a aulinha sobre fatos históricos, sendo o mais importantes deles na obra a Segunda Guerra Mundial. Além de aulas de química e até mesmo produção de bombas atômicas - reservada para o final do livro.

O interessante sobre as obras de Dan Brown é que, depois que você lê uma, você começa a suspeitar das atitudes de todos os personagens... até mesmo dos protagonistas, por quê não. Ele estrutura tudo muito bem, nos alimentando com informações dúbias para só depois nos explicar tintim por tintim.
— Quer dizer então que o anel não está com o senhor?— Claro que não!
Sabem aqueles filmes de comédia que são uma espécie de caçada por algo, e quando o protagonista está quase conseguindo, acontece algo e ele tem que passar por mais sufocos e não alcança seu tesouro? Como no filme Tá Todo Mundo Louco! (2001). David Becker, companheiro de Susan Fletcher é mandado para a Espanha atrás de um anel, mas acaba que ele só se ferra e todo lugar que ele acha que o anel vai estar, não está, o que faz ele ser redirecionado para outro lugar e depois outro lugar, etc. O autor mesmo brinca dizendo que aquilo está parecendo uma comédia.

O tema do livro é bem atual. Segurança nacional, e-mails, proteção contra terrorismo. Será mesmo que existe um supercomputador que está lendo as nossas correspondências eletrônicas? Será que todas as empresas de chat online têm acesso às nossas conversas? Será que vivemos num monte onde lutamos por seguranças e segredos, criamos uma persona digital, mas acaba que não estamos tão protegidos assim? São essas perguntas que Dan Brown nos propõe com a leitura desse livro. Até onde a segurança vai para nos proteger?
— Quem irá guardar os guardiões! - interveio Susan, completando a frase de Becker.
Ainda em relação a essas questões de segurança, é legal citar que existe um computador de monitoramento na Criptografia que se chama Big Brother. Interessante referência ao sistema de governo criado por George Orwell para o livro 1984. O livro tem um final completamente insano. É a única palavra com a qual consigo descrevê-lo. Insano. Eu devorei os últimos 20 capítulos e estou até com medo de ter perdido alguma informação interessante, mas creio que não. As pontas soltas e perguntas que ele nos deixa até a metade do livro são respondidas nesses vinte (a 30) capítulos.
Para codificar a mensagem, Susan havia simplesmente substituído cada letra do texto pela letra anterior do alfabeto. Para decifrar o código, tudo que Becker tinha a fazer era trocar cada uma das letras pela seguinte: A virava B, B virava C e assim por diante.
Publicado em 1998, Fortaleza Digital é o primeiro livro de Dan Brown e é um sucesso de estreia. Com direito a tudo que já conhecemos do autor de O Código Da Vinci: conspirações governamentais, intrigas, reviravoltas mirabolantes, suspense e muita tensão. Um prato cheio para quem quer passar a noite acordado lendo um bom livro, apesar de algumas cenas monótonas.

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