26 de julho de 2014

Alex Cross #14: O Dia da Caça - James Patterson

• Autor: James Patterson
• Editora: Arqueiro
• Gênero: Suspense Policial
• Número de Páginas: 212 páginas
• Número de Estrelas: 3 estrelas
• Skoob: O Dia da Caça
• Comprar: Submarino | Extra

Esse foi o primeiro contato que tive com o autor. Lido no começo do ano, mas recebido de presente de duas amigas minhas ano passado. Ele fez parte de um desafio literário que participei em Janeiro e faz parte da série Alex Cross. Eu já resenhei aqui Eu, Alex Cross. Podem dar uma olhada lá. Esse foi um livro que gostei muito de ter lido e espero completar a coleção um dia.

Alex Cross está diante do criminoso mais cruel que já enfrentou. Quando o detetive Alex Cross é chamado para investigar um caso de assassinato, depara-se com a cena de crime mais terrível que já viu em toda a sua carreira: uma família inteira foi morta dentro de casa. Tudo fica ainda mais chocante quando ele descobre que uma das vítimas é Ellie Cox, sua ex-namorada dos tempos de faculdade. Furioso, Cross decide pegar o assassino a qualquer custo. Logo depois outro crime acontece, novamente envolvendo uma família inteira, só que dessa vez alguns membros dela estavam nos Estados Unidos e outros, na África. A investigação leva a crer que o assassino, conhecido apenas como Tiger, viajou para a Nigéria. Sem hesitar, Cross vai atrás dele. O detetive entra numa caçada implacável, numa terra sem lei. Ao chegar lá, Cross se vê diante de um terrível cenário de miséria, violência e guerra civil iminente. Sem nenhuma ajuda, ele se envolve numa luta contra a corrupção e contra uma conspiração que parece não ter fronteiras, que pode pôr em risco sua vida e a de todas as pessoas que ele ama.
 A maioria das coisas que eu falar aqui, já fora ditas na resenha de Eu, Alex Cross. Vai ter algo repetido, mas algumas coisas não. Então, tenham paciência comigo. Bom, a princípio falando do protagonista Alex Cross, um detetive e psicólogo, que narra a história. Diferente de Eu, Alex Cross, Alex aqui sofre bastante. E quando eu digo bastante é muito mesmo. Enquanto neste ele sobre com a saúde da avó, nesse ele sobre fisicamente. Sequestro, tortura, falta de água e comida e trancafiado num lugar deplorável. Mesmo assim, não dá para sentir tanta empatia pelo personagem, graças ao modo de escrita de Patterson: rápido, mas rápido demais.

Muitas cenas (que ficariam incríveis visualmente) que necessitam de uma descrição mais elaborada, aqui se mantém aquém do esperado. Perseguição de carros, tiroteio, carnificina, tudo isso acontecem em, no máximo, um parágrafo. Esse é o maior problema das obras do autor: parece que ele tem preguiça de escrever, mas escreve para vender. Outra coisa bem chata é a não construção dos personagens e seu desenvolvimento psicológico. Poxa! Eu queria ver um pouco de humanidade em cada ator aqui, mas é como se não houvesse tempo para isso.

Admito que, nesse livro, os capítulos de Alex não são tão bons assim. Alguns aqui e ali se destacam pelo clímax no final, mas os mais interessante são os do Tiger, apesar de não haver um suspense em revelar aos poucos quem é o antagonista. Tiger se mostra quem é desde a primeira página, e adorei a história de vida dele.
Quando a picape deu a partida, a garota foi jogada para fora. Pelo menos isso, graças a Deus. Mas enquanto observávamos, chocados, ela agitou as mãos no ar e caiu de cabeça no chão. E explodiu! Houston Rockets provavelmente enfiara a granada dentro da roupa dela. Eles não tinham motivo para matá-la. O crime não passava de uma exibição - ou talvez apenas para os meus olhos.
África. Quando pensamos em África, lembramos de coisas como guerrilhas, diamantes de sangue, calor escaldante, pobreza e crueldade, não? Isso está gravado na cabeça de muitas pessoas e é exatamente isso que é mostrado na melhor, mais interessante e angustiante parte do livro. Quando Alex chega na África seu sofrimento começa e ao longo de sua jornada para encontrar Tiger, ele vai acompanhando a dor de muitas pessoas e vendo a triste realidade daquela terra.

Como se não bastasse Alex sofrer nas savanas africanas, ele ainda tem que sofrer mais quando volta para Washington, onde se depara com o sequestro da sua família. É um final bastante questionável, juntamente com um epílogo igualmente estranho. Parando para pensar, os finais de Bruxos e Bruxas, e Eu, Alex Cross também foram bem questionáveis. Mas mesmo assim, eu irei continuar a ler essa série. Infelizmente o 15º livro não foi publicado aqui no Brasil, mas... esperanças!

2 comentários:

  1. Eu amo amo os livros do James Patterson, principalmente os que tem Alex Cross.
    Esse é um dos meus favoritos. O problema que você citou eu não vejo como problema, é exatamente esse o legal, não tem aquele lenga-lenga de conversa fiada vai direto para o que importa e pronto, mesmo ele escrevendo para vender já que ele é um dos escritores mais ricos do mundo, acredito que o objetivo das histórias seja esse, curta e grossa, uma fórmula que pra mim é muito boa. Quanto aos personagens eu senti o mesmo que você quando comecei ler os livros dele, aí descobri que a cada livro ele mostra um pouquinho mais do personagem, o desenvolvimento psicológico ocorre aos poucos, confesso que preferiria que fosse em um só mas é uma série e ele escreveu assim, por este motivo pretendo ler os primeiros livros com o Alex Cross antes de ler os atuais ficou muita história dele lá pra trás.

    Abraços,
    Coração Leitor

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    1. Infelizmente só li dois livros da série, mas já adoro o personagem. Ele é muito legal. Também pretendo ler os primeiros ora ficar mais íntimo da família Cross e do James Patterson. Agradeço pelo comentário.

      Abraços!

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