29 de maio de 2015

Cinema #22: Terremoto - A Falha de San Andreas

Título Original: San Andreas
Ano: 2015 | Duração: 114 minutos
Direção: Bred Peyton
Elenco: Dwayne Johnson, Alexandra Daddario, Carla Gugino, Hugo Johnstone-Burt, Art Parkinson
Nota: 4
Sinopse: Um terremoto atinge a Califórnia e faz com que Ray, um bombeiro especializado em resgates com helicópteros, tenha que percorrer o estado ao lado da ex-esposa para resgatar a sua filha Blake, que tenta sobreviver em São Francisco com a ajuda de dois jovens irmãos.




Ano passado eu falei sobre um filme de terror, Aftershock (2012), dirigido por Eli Roth. O filme é tão ridículo que eu o detonei em meus comentários. Tendo ele, O Impossível (2012) e No Olho do Tornado (2014) como referência para filmes sobre catástrofes naturais, eu me surpreendi bastante com Terremoto: A Falha de San Andreas, apesar da história dele ser bem batida e, parando para pensar, o filme um pouco lotado de coisas.

Bred e Dwayne já haviam trabalho anteriormente em Viagem 2 – A Ilha Misteriosa (2012), então imagino que houve um conforto nos bastidores, mas uma coisa que não me desceu o filme todo foi a escolha de certos atores. Em algumas cenas, me peguei dizendo que Dwayne Johnson não dá certo fazendo drama. É a mesma coisa de terem botado ele para fazer aquela comédia ridícula, O Fada do Dente (2010). Junte e isso com a fato de Carla Gugino (Wayward Pines) ter uma atuação extremamente falsa e temos um casal de protagonista que não dá para ser digerido. Lógico, não reclamando da atuação de Dwayne, já que nas sequências de ação, o que cara está em sua zona de conforto.
Alexandra Daddario se saiu muito bem no seu arco da história. Sua personagem, Blake, é uma moça inteligente e centrada em tudo o que está fazendo, nos momentos dos desastres. Ela sabe como se proteger, como agir em determinadas situações. Além do que, pagar 7,50 para ver os olhos azuis da Alexandra numa tela de cinema, não é de se reclamar. Tentaram enfiar um início de romance no filme, mas não desceu em momento algum. Foi até bonitinho, mas...

A história do filme, analisando direitinho, é chata. O foco do filme é mostrar os desastres que acontecem devido aos inúmeros tremores de terra da falha de San Andreas, mas imaginem um filme mostrando só destruição e sem alguma coisa por trás. Seria então um documentário ou uma pesquisa no Google Imagens/Youtube. O drama familiar que criaram para esse filme é bom para quebrar a tensão de tudo que está desmoronando. Além disso, o filme só pára mesmo quando é para explicar os movimentos das placas, quando é para a Emma (Carla Gugino) chorar ou para a Blake, o Ben (Hugo Johnstone-Burt) e o Olly (Art Parkinson) pensarem para qual lugar “seguro” vão.

Em falar em lugar seguro, a equipe que produziu o roteiro desse filme, aloprou geral. A cidade de São Francisco ficou completamente destruída com os abalos e o tsunami. O roteiro segue em dois arcos separados (Ray e Emma; Black, Ben e Olly) e a história ainda acontece em céu, terra e mar. Filme de catástrofe é um tipo de que não dá para fugir das cenas clichês: pessoas sendo mortas por blocos de concreto caídos do telhado, a ponte Golden Gate sendo destruída, represas ruindo, etc. Acho que não sobrou nenhum prédio em pé. A ação do filme é ditada logo pela cena inicial – quando uma moça sofre um acidente numa estrada e fica presa dentro dum carro num desfiladeiro e a equipe de bombeiros liderada por Ray (Dwayne Johnson) tem de salvá-la. Depois disso, como falei anteriormente, o filme quase não para.
A tensão é bem construída pelas cenas em que os personagens são botados em perigo. Há um momento em que Blake está presa dentro de um carro, com a iminência de blocos de concreto caírem em cima dela. Essa é apenas uma das cenas em que eu entrei em desespero no cinema.

Não tem como falar desse filme sem falar sobre os incríveis efeitos especiais. O trabalho é primoroso e foi isso que me fez dar uma nota 4 nesse comentário. É linda a destruição que criaram; não é grande, é colossal. Metade do orçamento deve ter ido apenas para efeitos especiais e cenografia, a outra metade para pagar os figurantes.

Fica a dica de um filme para os olhos, lindo, sem muita história, mas que pode agradar muito para quem quer um filme despretensioso.

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