27 de abril de 2015

Fuga de Furnace #1: Encarcerados - Alexander Gordon Smith

Autor: Alexander Gordon Smith
Editora: Benvirá
Gênero: Ficção Científica, Terror
Número de Páginas: 294 páginas
Número de Estrelas: 5 estrelas
Skoob: Encarcerados
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De um dia para outro, Alex Sawyer passou de valentão a delinquente juvenil. Os trocados arrancados dos garotos na escola já não eram suficientes, e, com a ajuda de seu melhor amigo, Toby, começou a cometer pequenos furtos na vizinhança. Até que uma noite, homens fortes, de terno preto, e um esquisitão usando uma máscara de gás cruzaram o caminho dos dois. Toby foi cruelmente assassinado e Alex, preso e acusado pela morte do amigo. Seu novo lar? A Penitenciária de Furnace, um buraco - literalmente - para onde todos os garotos condenados são enviados, e de onde só é possível sair morto. Com guardas sádicos e criaturas terríveis responsáveis pela segurança, Furnace é o inferno. O lugar é infestado de criminosos - como as perigosas gangues Caveiras e os Cinquenta e Nove - mas também há muitos garotos que, como Alex, foram presos por crimes que não cometeram. Como escapar e provar sua inocência? Em quem confiar? O que na verdade era Furnace: um reformatório? Um depósito? Ou, pior, um laboratório maligno?



Há muito tempo eu não lia um livro que me conquistasse do começo e levasse essa sensação até o fim. Eu conheço Encarcerados desde o seu lançamento, lá em 2012, mas só agora eu consegui lê-lo. Prometi a mim mesmo que iria ler essa trilogia de uma tacada só, mas depois do final desse livro, achei melhor não fazer isso. Dar uma acalmada nos ânimos para depois voltar à leitura. Mas não se preocupem: vocês terão resenha da série completa esse ano.

O livro é uma grande mistura de gêneros: ação, aventura, distopia, ficção científica, terror, young adult. Foi uma mistura que deu muito certo. O autor construiu a Penitenciária de Furnace para que parecesse uma réplica do inferno. Há até um trecho em que o protagonista, Alex, começa a comparar as duas coisas. Enfim, o local é um buraco no chão, guardado por bestas que brincam com a realidade, abafado, quente, cheio de almas enclausuradas e com um diretor que é impossível olhar para seus olhos.
Sob o céu fica o Inferno, e, sob o Inferno, Furnace.
A história do livro é ambientada, em sua maioria, dentro da Penitenciária (apenas os capítulos iniciais são fora de lá), por isso conhecemos quase todos os espaços do lugar: a sala de cocho, as celas, as minas, o ginásio. Mas dois lugares em particular – o laboratório e a solitária – não são mostrados, apenas comentados por outros personagens.

O livro é totalmente contado em primeira pessoa, pelo ponto de vista de Alex, e o rapaz é muito inteligente, apesar da pouca idade. Ele tem quinze anos, mas começa a contar sua história desde quando ele tinha apenas 12. O garoto faz referências literárias; algumas partes ele fala de um modo tão poético, rebuscado que fica quase inverossímil. O autor também usou do recurso de dar mini-spoilers ao longo do texto.
Suponho que por esse motivo tenha sido enorme a surpresa quando, de nós três, fui o primeiro a romper o juramento.
A quantidade de personagens relevantes na história é pouca e é bem explícita a construção que o autor vai fazendo entre os personagens, fazendo com que o apego seja rápido. São amizades divertidas, sinceras, realistas.

O autor tentou não deixar o livro cair na mesmice, pois ao longo da história, os personagens vão sempre fazendo as mesmas coisas, mas em cada capítulo aconteceu algo importante. Além disso, as cenas de terror são bem sinistras. A descrição que Alex faz dos ternos-pretos e de algumas criaturas que são apresentadas em certos momentos da obra, a própria descrição de Furnace são ótimas e criam uma atmosfera palpável.

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