29 de abril de 2015

Morning Glories #1 - #6 [Arco: For a Better Future] - Nick Spencer & Joe Eisma

Capa da primeira edição
Roteiro: Nick Spencer
Arte: Joe Eisma
Editora: Image
Edições: #1 - #6
Número de Páginas: 192 páginas
Número de Estrelas: 5 estrelas
A Morning Glory Academy é uma escola de renome e que busca apenas os alunos com potencial para destaque. Dentre os inúmeros alunos da academia, Zoe, Casey, Jun, Ike, Hunter, e Jade são novatos lá e vão acabar descobrindo que esta escola esconde segredos mais perigosos do que apenas aulas de cálculo.



Depois de passar um bom tempo sem ler quadrinhos e trazer nada para vocês, decidi voltar com uma recente leitura e uma leitura espetacular. Morning Glories é uma série que começou a ser lançada em 2010 e tem uma dinâmica bem adolescente. O primeiro arco, For a Better Future, mostra a chegada desses seis alunos (os protagonistas da história) na academia e os perigos iniciais que ele enfrentarão.

Na primeira edição, temos um relance de como é a relação entre pais e filhos. Por exemplo, a mãe de Ike o acha destrutivo; o pai de Hunter não dá atenção ao filho; os pais de Jade a acham uma emo. Mas o mais intrigante é o fato de terem mostrado os pais de todos, menos os de Jun. E mesmo quando os outros personagens comentam sobre tal assunto, ele fica reservado. Ainda sobre a primeira edição, devo dizer que ela deu um pontapé considerável na história, por mostrar que a história será sobrenatural, dramática e bastante divertida.

Há um acontecimento na segundo edição que faz com que Jade seja mandada para a enfermaria e à partir daí a história se desenrola, pois Casey monta um plano para resgatar a amiga com a ajuda dos outros. Durante a execução desse plano, bastante coisa acontece, mais mistérios são revelados e várias pontas são soltas, mas até o final do arco, não são reveladas.

Alguns números tem uma quantidade maior de páginas, mas isso não faz a história se tornar cansativa. For a Better Future tem muita ação e, engraçado, esses dizeres ficam aparecendo em vários lugares pela escola ao longo do arco: em cartazes, folhas de papel, envelopes. Creio que isso seja o lema da academia.

Numa edição que não vou me lembrar agora, uma parte do colégio é mostrada e lá tem um aparelho com a forma de um tronco de cone que quando acionado gera uma explosão. A história desse aparelho e da equipe responsável por criá-lo é parcialmente contada na última edição do arco, a edição 6, e posso afirmar que o final dessa revista é incrível.

Mesmo durante essas seis edições, o funcionamento da academia Morning Glory é um completo mistério. Claro, algumas coisas são reveladas (alguns espaços do ambiente – enfermaria, dormitórios, o subterrâneo -, um pouco da motivação dos coordenadores, o sobrenatural), mas os pontos principais ainda não são ditos. Mesmo o roteiro sempre repetindo informações, o suspense vai crescendo ao longo das descobertas dos alunos.

A construção dos personagens faz com que cada um se torne único e muito difícil de ser confundido. O apaixonado, o lobo solitário, a esperta, a divertida, etc. Em falar em diversão, os diálogos são muito bem escritos (é tudo muito direto, os palavrões são mantidos) e há sempre cenas engraçadas para a quebra de tensão. Tem um tom bastante adolescente com todo o lance das relações sociais, a introspecção, o meio, enfim. A história de cada edição segue uma linha de suspense que só cresce e culmina sempre em finais surpreendentes.

A arte da série é belíssima. As expressões faciais e os corpos das pessoas são bem desenhados. Lembra muito a arte de algumas edições de Fábulas. Há uma maior sensualidade nas mulheres (seios grandes, quadris largos, cinturas finas) e os homens variando entre o magro e bastante forte.

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