10 de fevereiro de 2015

Desventuras em Série #1: Mau Começo - Lemony Snicket

Autor: Lemony Snicket
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Infanto-Juvenil
Número de Páginas: 152 páginas
Número de estrelas: 3 estrelas
Skoob: Mau Começo
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Violet, Klaus e Sunny são encantadores e inteligentes, mas ocupam o primeiro lugar na classificação das pessoas mais infelizes do mundo. De fato, a infelicidade segue os seus passos desde a primeira página, quando eles estão na praia e recebem uma trágica notícia. Esses ímãs que atraem desgraças terão de enfrentar, por exemplo, roupas que pinicam o corpo, um gosmento vilão dominado pela cobiça, um incêndio calamitoso e mingau frio no café da manhã. É por isso que, logo na quarta capa, Snicket avisa ao leitor: 'Não há nada que o impeça de fechar o livro imediatamente e sair para outra leitura sobre coisas felizes, se é isso que você prefere'.


Quando o autor decidiu dar o nome da série de Desventuras em Série, ele realmente não brincou em serviço. Pelo menos até onde li – e isso foi até o terceiro livro -, os órfãos Baudelaire passam por um calvário inigualável. Raríssimos são os momentos em que podemos afirmar que eles estão felizes, que eles estão sorrindo. E para dar abertura a essa série de 13 livros, Lemony Snicket – pseudônimo do autor Daniel Handler – nos mostra que por mais que uma situação pareça estar ruim, ela pode piorar.
“Quem neste mundo poderia querer visitar o conde Olaf?”, Violet indagou a si mesma em voz alta.
Conde Olaf, vilão da série e aqui ele é o primeiro responsável pelos órfãos, é um personagem bem real. A única relação que ele desenvolve para com os irmãos é de puro interesse, interesse na fortuna que só pode ser tocada quando Violet (a irmã mais velha) completa a maioridade. O conde é um homem esguio, rude, um brutamonte e que diz ser ator. Além disso, ele usa os membros da sua companhia de teatro como capangas em suas falcatruas para roubar o dinheiro dos Baudelarire.

Apesar disso, o conde Olaf não é um personagem fácil de ser odiado. Não que ele tenha atitudes boas, pelo contrário. Mas um dos outros vilões da história é o homem responsável por guardar a herança dos jovens, o banqueiro Poe. Sim, o homem é um nojo de pessoa e trata as crianças com o maior desprezo possível, com falta de confiança e mesmo quando os órfãos tentam alertar ao homem dos planos de Olaf, ele não acredita. Sua família é igualmente desprezível. E eu só espero que esse homem morra no final da série.

Uma coisa bem intrigante nos livros – e para quem já assistiu a adaptação estrelada por Emily Browning, Jim Carrey e Liam Aiken vai se tocar também – é a quantidade de olhos espalhados pelos ambientes. Uma tatuagem no tornozelo de Olaf, espalhados pelo casebre do conde, na sua porta da frente, enfim.
“Lembre-se, o senhor é minha última esperança de que as histórias dos órfãos Baudelaire sejam finalmente contadas ao grande público.
Respeitosamente,
Lemony Snicket”
É, o autor da obra decidiu introduzir o seu próprio pseudônimo como um personagem da série, mas não um personagem que interaja com os outros, ele é apenas o responsável por contar os fatos de cada livro. Fatos estes que ele ouviu falar. E tudo é enviado em forma de carta para um editor. Interessante, não?

Agora só esperar o próximo livro, A Sala dos Répteis. O qual já li, mas pretendo reler também. 

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