20 de janeiro de 2015

Eu Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado - Lois Duncan

Autora: Lois Duncan
Editora: Benvirá
Gênero: Thriller
Número de Páginas: 220 páginas
Número de Estrelas: 2 estrelas
Skoob: Eu Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado
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Sabe aquela ideia de massa que diz que “o livro é sempre melhor que o filme”? Pois bem, hoje trago uma exceção à “regra”. Meu interesse por esse livro só ressurgiu quando eu estava assistindo ao filme e quis saber se o livro seria tão empolgante quanto sua adaptação. Lançado originalmente em 1978 e sendo o livro mais famoso da autora, Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado é um thriller adolescente tão comum quanto qualquer outro.
Quando atropelaram o pequeno Daniel Gregg, os amigos Julie, Helen, Ray e Barry fizeram um pacto - ninguém nunca saberia o que aconteceu naquela noite. Mas agora, um ano depois, alguém sabe. Um bilhete anônimo, com uma única frase - 'Eu sei o que vocês fizeram no verão passado' -, dá início ao pior pesadelo dos quatro jovens. O segredo veio à tona, e eles precisam ser mais espertos que seu perseguidor... ou podem ser os próximos a morrer.
Bom, eu poderia passar esse post inteiro comparando o filme ao livro e dizendo como o roteiro de Kevin Williamson se sobressaiu à obra de Lois Duncan, mas não irei fazê-lo. É o seguinte: Eu Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado é um clássico de terror dos anos 1990 e foi provavelmente assistido por uma legião de cinéfilos e não-cinéfilos, mas se você, assim como eu, for buscar a leitura deste livro pensando que tudo que está nas telas é apenas uma adaptação do livro, você está enganado... assim como eu estive. Uma dica importante é você tentar esquecer o filme primeiro.
Então ela fechou os olhos. Quando os abriu, o papel continuava em sua mão, com uma curta sentença:
EU SEI O QUE VOCÊS FIZERAM NO VERÃO PASSADO
O livro é um típico thriller adolescente, com tensão quase nula, mas de fácil leitura (ainda bem!). Os capítulos tem uma média de 11 páginas, mas a escrita da autora é tão simples que você nem nota elas passarem, não é à toa que o terminei em menos de um dia. Eu olhei pra ele e disse “não passo mais de 24 horas com esse livro”. Dito e feito. Isso é uma coisa boa, sim. Não cansa, mas também não exclui o enredo pobre.

Quando digo pobre quero dizer que a autora roda, roda, roda e sempre volta para os mesmos fatos, não criando tantas cenas que realmente façam o leitor ficar de olhos abertos para o próximo capítulo. Ele é contando sob diferentes pontos de vista: de Julie, de Helen, de Ray e de Barry, por isso algumas coisas são revistas até cansar. A narrativa também é recheada de flashbacks bem inseridos para explicar certos acontecimentos na vida dos personagens e também para dar ênfase às suas personalidades.
“Daniel Gregg... consciente quando o resgate chegou... morreu a caminho do hospital St. Joseph...” 
Uma coisa que reparei sobre os personagens foi o quão fácil é não gostar deles. Nem ao menos um. Eles têm atitudes tão sem lógica, como o fato de nem terem parado para ajudar o pobre garoto, insistirem em não contarem nada à polícia, etc. Na capa traseira do livro vem uma indicação da autora Sara Shepard (autora da série Pretty Little Liars) que diz que Lois foi uma grande inspiração... olha que curioso: nas duas séries os 4 protagonistas fazem m*rda e decidem não fazer nada quanto a isso e depois têm que arcar com as consequência, sendo perseguidos por um stalker maluco.

O livro conta com o capítulo da revelação, onde o antagonista vai explicar toda a motivação e como fez tudo. Para mim foi uma boa motivação, disso eu gostei. Achei convincente até certo ponto. O final... o que é esse final? É simplesmente a coisa mais chata que já li até hoje. Hoje eu posso dizer que essa história de que o livro é sempre melhor que o filme é uma completa besteira. Mas sintam-se à vontade para lê-lo, apesar de tudo, ele é divertido para quem não conhece o filme e para quem quer uma leitura despretensiosa de férias.

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