29 de agosto de 2014

Cinema #11: The Possession of Michael King


Título Original: The Possession of Michael King 
Ano: 2014 | Duração: 83 minutos 
Direção: Daniel Jung 
Produção: Paul Brooks, Jaime Burke 
Elenco: Shane Johnson, Cara Pifko, Ella Anderson, Cullen Douglas, Tobias Jelinek 
Nota: 3
Sinopse: O filme conta a história de documentarista Michael King, que não acredita em Deus ou no Diabo. Após a morte repentina de sua esposa, Michael decide fazer seu próximo filme sobre a busca pela existência do sobrenatural, tornando-se o centro da experiência – permitindo que demonologistas, necromantes e vários praticantes do ocultismo tentem os mais profundos e sombrios feitiços e rituais que podem sobre ele – na esperança de que quando falharem, ele irá de uma vez por todas, ter a prova de que a religião, o espiritismo e o paranormal não são nada mais do que um mito. Mas algo acontece. Uma força maligna e horripilante assumiu Michael King. E isso não vai deixá-lo sair assim.


 
Achei a premissa um tanto diferente, já que não lembro de nenhum filme em que o protagonista queira ser possuído. Ele vai à procura de todo tipo de ritual de invocação para chamar o Diabo (ou Deus) a ele e provar qual a real explicação para a existência. Isso me faz lembrar o caso de uma freira que queria ser possuída por um demônio apenas para provar que o Mal – como a Igreja prega - existe. Nesse quesito, o filme ganhou um pontinho a mais. É interessante de se ver até que ponto as pessoas vão para provar seu ponto de vista. Descrentes ou não.


A fotografia aliada à montagem dos cenários ajudou bastante a criar uma atmosfera sombria. Uma coisa que é notada nos últimos filmes de found footage é a habilidade que os Efeitos Especiais têm em criar detalhes tão impressionantes, mas que nos levam a crer serem reais afinal tudo está sendo gravado por câmeras amadoras. Há preferência por sombra, penumbra e tons escuros e falhas nas imagens das câmeras podem ser observados ao longo do filme a partir do ritual de invocação, cena a qual é bastante medonha. Luz noturna, luz negra, luz puntiforme, são alguns dos recursos usados para criar mais tensão.

A sonoplastia também foi muito importante na hora de criar a tensão nas cenas de suspense. É sabido que os possuídos falam em outras línguas, emitem sons estranhos e etc. Logo quando o demônio faz suas primeiras aparições no corpo de Michael (Shane Johnson), a sonoplastia entra em cena criando efeitos distorcidos na voz, no áudio das gravações, além de haver uma trilha sonora especial para cenas de ansiedade. Ela [sonoplastia] é tão boa quanto a do filme Mama (2013).


A maquiagem não fica para trás. Quando o protagonista começa a situação começa a ficar caótica para o lado dele, o seu corpo responde aos chamados dos demônios. A pintura no rosto do homem para empalidecê-lo, cortes no corpo e principalmente, acima de tudo, as pupilas. A evolução do problema ocular de Michael é o ponto alto da maquilagem nesse filme. A história no geral é um clichê modificado em certos aspectos. Tudo que conhecemos que acontece em filmes de possuídos está lá: animais mortos, alcoolismo, reflexão em frente ao espelho, matar um parente, matar um desconhecido. Mas o que torna esse filme especial? Além de tudo isso, além da premissa diferente, um final batido, temos um ar bem mais anárquico da possessão. As cenas foram muito criadas, principalmente a inserção de cenas de puro supetão para assustar o espectador. Mas nada disso daria certo sem a ótima atuação do Shane. As cenas de mudança de humor, monólogos, o contorcionismo no final... Uau! Cenas incríveis.

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