21 de julho de 2014

Cinema #6: Exame

• Título Original: Exam
• Ano: 2009 | Duração: 101 minutos
• Direção: Stuart Hazeldine
• Produção: Stuart Hazeldin, Chris Jones
• Elenco: Adar Beck, Nathalie Cox, John Lloyd Fillingham,  Chuk Iwuji, Luke Mably, Jimi Mistry
• Nota: 4,5
• Sinopse: Oito candidatos talentosos chegaram à fase final de seleção para trabalhar numa misteriosa corporação. Num quarto sem janelas, um vigilante dá-lhes oitenta minutos para responder a uma pergunta simples e três regras a que devem obedecer, ou serão desclassificados: não falar com ele ou com o guarda armado à porta, não estragar os papéis e não sair do quarto. O cronômetro inicia, o vigilante sai e os candidatos começam a correr contra o tempo.
A premissa é bastante simples: 8 candidatos tentando achar essa tal maldita pergunta. Logo nos oito primeiros minutos de filmes somos apresentados a isso e a todas as três regras que eles devem seguir ao longo dos oitenta minutos. Apesar disso, eu achei o roteiro de uma complexidade bastante interessante. Ao longo do que os personagens vão interagindo com a sala em que estão e consigo mesmos, você nota o quão inteligentes foram os roteiristas por terem criado algo tão bem bolado.

Outro ponto a favor dos roteiristas foram os diálogos bem criados (e tenho que agradecer também a equipe que legendou tão bem esse filme). Um dos pontos-chave para o desenrolas das atitudes de cada candidato é a interpretação das regras que o Vigilante passa. Eles têm que entender tudo ao pé da letras e buscar todos os significados possíveis. Há um bem aproveitado jogo de palavras e de psicologia, já que existe uma psicóloga entre eles e em determinado momento ela começa a analisar todo aquele jogo com base em poucas pistas.

Eu tenho que dar os parabéns (pessoalmente) aos roteiristas desse filme por terem criado o personagem mais irritante de toda a história do cinema, até agora. Bom, pelo menos dos filmes que eu já assisti. Branco (Luke Mably) é narcisista, arrogante, irônico e imprevisível. Ele é simplesmente insuportável. Ele se auto nomeia do líder dos candidatos e vai distribuindo ordens e não dando a mínima para os outros. Desculpem o palavreado, mas ele é um perfeito pau no c*. E foi a inclusão desse personagem na história que me fez diminuir meia estrela na pontuação total.

Outra coisa que me fez gostar muito do filme foi a fotografia dele e as bem elaboradas cenas de tensão. Cada personagem tem um motivo para estar ali, mas as atitudes deles são inesperadas. Não dá para confiar em ninguém e quando o relógio marca meia hora, eles começam a se desesperar, culminando num final bem interessante e repentino. As atuações ajudaram muito nisso. Nathalie Cox e Chuk Iwuji foram ótimos em atuação. É interessante como filmes de festival são bem interessantes.

Enquanto eu pesquisava algumas informações sobre este filme, eu vi uma páginas com que mostrava alguns erros de continuação. Alguns eu havia percebido, mas outros não. Vou deixar abaixo dois deles, mas eles contém spoilers sobre a história do filme, então, leia por sua conta e risco.
• O curativo no calcanhar da Escura é muito menor quando ela o coloca, do que quando Loira pôs em sua ferida.
• Quando Preto pega a arma no coldre do guarda, ela é uma Glock. Quando Branco toma dele, a arma é uma Sig Sauer. Quando Branco põe a arma na mão do guarda, ela volta a ser uma Glock.
O filme também foi indicado ao Dinard British Film Festival em 2010 e British Independent Film Awards em 2009; e venceu o BAFTA Awards e 2010 com melhor estreia para diretor, produtor ou escrito britênico.

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