5 de outubro de 2014

Milha 81 - Stephen King

Essa não é a capa brasileira

Autor: Stephen King
Editora: Editora Foglio/Objetiva
Gênero: Horror
Número de Páginas: 60 páginas
Número de Estrelas: 3 estrelas
Skoob: Milha 81
Comprar: Saraiva 

Fui apresentado a Milha 81 do nada, por uma postagem no Facebook logo na época do seu lançamento e enrolei muito até lê-lo. Nunca procurei nada a respeito do mesmo (seria bom ou não?), mas para o Outubro do Horror, obviamente que não poderia faltar alguma coisa do Mestre. Então decidi apresentar-lhes essa historieta curiosa e medonha. Como o livro é curtinho, não separei muito o que comentar.

Localizada ao longo da estrada Maine Turnpike, a Milha 81 é uma conhecida parada onde adolescentes se encontram para beber e se meter nas confusões típicas da idade. Também é o lugar onde Pete Simmons vai procurar o irmão mais velho, sempre que ele some. Munido apenas com os incríveis óculos que ganhou no seu aniversário de 10 anos, Pete sai em busca do irmão, mas o que encontra é uma garrafa de vodca abandonada. E bebe o suficiente para desmaiar. Não muito tempo depois, uma perua coberta de lama - fato bastante estranho, considerando-se que não chove na Nova Inglaterra há mais de uma semana - entra na Milha 81, ignorando completamente a placa de acesso que diz “fechado, sem serviços”. A porta do motorista, então, se abre, mas ninguém sai do carro. Doug Clayton, um vendedor de seguros de Bangor, está dirigindo seu Prius em direção a uma conferência em Portland, quando vê a perua parada e decide ajudar. Ele estaciona logo atrás do veículo e, então, percebe que a perua não tem placa. Dez minutos mais tarde, Julianne Vernon, puxando um trailer com um cavalo, avista os dois veículos parados e decide ver o que está acontecendo. Ao achar o celular quebrado de Doug perto da porta da perua, ela se aproxima. Quando Pete enfim acorda de sua bebedeira, vê meia dúzia de carros no acostamento da Milha 81. Duas crianças – Rachel e Blake Lussier – e um cavalo chamado Deedee são os únicos sobreviventes. Lançado exclusivamente em formato digital, Milha 81 traz mais uma vez uma história aterrorizante do mestre do suspense Stephen King. 
Muito pouco interessante a sinopse contar quase que o conto todo, mas o que importa está nos detalhes da obra. Stephen King tem uma maneira única de nos transportar para as suas obras – sejam contos ou não. Sua maneira sucinta de nos descrever os seus cenários (que aqui são apenas 2) e introduzir os personagens neles de uma maneira tão natural que é como se eles, realmente, não pudessem se encaixar noutro lugar além daquele. O modo como ele conta sobre os personagens com informações simples, mas que fazem você conhecer melhor cada caricatura como uma pessoa de verdade, o que acaba fazendo o autor sendo um tanto prolixo no destrinchamento do psicológico deles. 

Sabe-se que desde o conto Caminhões e de livros como Christine, não devemos confiar nos carros que Stephen King nos apresenta. Será que o mesmo pensei que não aproveitou a temática de carros demoníacos o suficiente e nos apresentou essa história? Uma nova espécie de carro, um comedor de gente. Talvez só tenha faltado isso nessa temática. Não há uma coisa muito aterrorizante, até. Os elementos estão lá e a atmosfera também, mas o que prevalece é o suspense de será que tal personagem vai conseguir sobreviver? E agora? E Pete?

A única que tenho que falar sobre ele de negativo é que achei o final aquém do que esperei. Não temos nenhuma informação sobre o carro. Nem quem foi seu dono, como ele se tornou desse jeito, de onde ele veio para estar todo enlameado, para onde ele irá, o que acontece com as pessoas dentro dele, enfim, mas uma coisa boa nos livros de Stephen é que, mesmo assim, a história não fica ruim. O que é necessário foi apresentado: o carro come pessoas e pronto.

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