10 de julho de 2014

God of War #1 - Matthew Stover (& Robert E. Vanderman)

• Autor: Matthew Stover & Robert E. Vanderman
• Editora: LeYa
• Gênero: Fantasia
• Número de Páginas: 296 páginas
• Número de Estrelas: 4 estrelas
• SkoobGod of War
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Mais uma resenha de um livro que eu li há algum tempo e que estarei postando. Ele também estava no desafio literário de começo de ano que estava participando com umas amigas minhas e foi um livro sofrido para se ler, mesmo eu tendo finalizado ele com quatro dias de leitura. O problema é que ele me cansou muito, mas mesmo assim, não conseguia deixar de ler.

O guerreiro Kratos é um servo dos deuses do Olimpo. Atormentado pelos pesadelos do passado e ansiando por liberdade, o Fantasma de Esparta faria qualquer coisa para acabar com as dívidas que possui com os deuses. À beira de perder todas as esperanças, ele recebe uma oferta que pode libertá-lo da servidão. Destruir Ares, o deus da Guerra. Mas que chances tem um mero mortal contra um deus? Armado com as mortíferas Lâminas do Caos, guiado pela deusa Atena e, ainda, compelido por sua insaciável sede de vingança, Kratos busca a única relíquia poderosa o bastante para assassinar Ares - uma missão que o levará ao templo misterioso criado pelo titã Cronos. Das profundezas do Hades passando pela cidade de Atenas destruída pela guerra, ate um deserto perdido além, God of War percorre uma jornada sangrenta que conta minúcias do game e da lenda de Kratos.
Pelas minhas pesquisas, eu encontrei que o jogo veio primeiro que livro, apesar de a capa mencionar A história que deu origem ao jogo. É a mesma expansão para outras mídias que aconteceu com World of Warcraft, Assassin's Creed, Diablo, etc. Mas caso essa informação esteja errada, por favor, me avise. Cada site que eu visitava à procura disso, dizia uma coisa.

Uma das complicações que achei enquanto estava lendo, foi o fato de eu já ter em mente as cenas do jogo (aquelas cenas bem visuais e dinâmicas, além da história em si, dos acontecimentos) na cabeça e eu ficava o tempo todo esperando os autores descreverem exatamente os acontecimentos de que eu mais gostava, mas isso acaba sendo um pouco difícil de fazer pela troca de meio midiático. Das duas umas: ou o livro ficaria enorme e cansativo, ou ele ficaria enorme e muito cansativo. Em contra partida às cenas que estão presentes no jogo, eles conseguiram adicionar fatos que explicam coisas que no jogo estão subentendidas. Minha dica, no geral, é esquecer o jogo (caso você não tenha jogado) enquanto lê esse livro. Vai ajudar muito na hora de imaginar as situações.
"— O único monstro que você deveria temer sou eu!
Um movimento rápido de seu pulso lançou o covarde às ondas sem esforço."
Indescultivelmente,  os criadores conseguiram captar a personalidade agressiva e cheia de mágoa de Kratos. A mesma brutalidade que vemos nas telas de televisão ao jogarmos, é quase igual representada nas páginas do livro. Atitudes desumanas. Violência gratuita. Arrisco em dizer que esse livro tem quase tanto sangue quanto As Crônicas de Gelo e Fogo (George R.R. Martin). Outra coisa que achei muito legal, foram eles conseguirem transportar alguns golpes icônicos do Kratos.

Desculpem a qualidade do gif.
Algumas sequências de golpes até estão no livro. Claro que não são todas, mas digamos que estão as mais conhecidas e mais usadas pelo público. A crueldade de Kratos é intensificada com tais golpes. E chega a ser uma coisa bem irreal quando tomamos a realidade do livro como a real.

A linguagem do livro é culta, mas ela vai se adaptando a cada interlocutor. O uso de certos termos faz com que cada personagem se torne dissociável dos outros. Kratos com seu ar brutal e Atenas com falas com duplo sentido, sarcasmo, sapiência e reverência; vide os capítulos sobre suas ações em persuadir os deuses para ajudar o Fantasma de Esparta na sua empreitada contra Ares.
O Minotauro calculou mal o giro do machado por meio passo: a lâmina atravessou sua mão, seu nariz e seu crânio, antes de girar para desaparecer na escuridão enfumaçada.
Ainda falando sobre as características da linguagem, é interessante notar que houve um cuidado na escolha dos adjetivos e expressões. São usados termos que remetem morte, destruição, desumanidade, etc.

Um dos problemas da narração é que ela cai na repetição. Os escritores tentaram adaptar as hordas de monstros que Kratos segue no caminho, derrotando; mas o problema é que ficou tanta morte que ficou muito chato de ler. Você lia, lia e lia, e foram quase 100 páginas da mesma ladainha cansativa. Quando ele está subindo para o templo do Oráculo... nossa, a parte mais chata do livro.

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