• Arte: P. Craig Russell
• Editora: Vertigo
• Ano: 2009
• Edições: #1 ~ #4
• Número de Páginas: 144 páginas
• Número de Estrelas: 3 estrelas
Conforme eu havia dito no post em que apresento os quadrinhos que lerei, eu irei lê-los ao longo da semana e no final dela, analisá-los para vocês. No sumário está presente essa história do Sandman, Os Caçadores de Sonhos, que é uma história curtinha, com apenas quatro edições, então eu decidi quebrar a regras e ler logo e já ir analisando para vocês. Eu me apaixonei por Morpheus à primeira vista, então decidi arriscar nessa.
Uma astuta raposa apostou que faria um humilde jovem monge perder a guarda de seu templo – mas acabou perdendo o próprio coração. E então, um mestre demoníaco cobiçou a força daquele monge e decidiu roubar para si a vontade férrea que ele tinha em seu interior – a qualquer custo. E então o Rei dos Sonhos viu-se intervindo em favor de um amor que nunca deveria ter acontecido.
Essa história foi inicialmente comercializada como um livro de Neil Gaiman com ilustrações de Yoshitaka Amino em comemoração aos dez anos de Sandman. Craig não conseguiu adaptar de imediato essa história para os quadrinhos, conseguindo tal feito apenas com a aproximação do vigésimo aniversário do Senhor dos Sonhos. Neil Gaiman queria algo que complementasse o livro e não substituí-lo. Mídias diferentes, maneiras diferentes de uma mesmo história ser contada. 'Os Caçadores de Sonhos' saiu!
O que mais salta aos olhos nesses quadrinhos são as artes que focam muito na natureza. A história em si já favorece essa arte por se passar num ambiente montanhoso. Mas é incrível como eles levaram a natureza para todos os quadros; há a presença de muitas curvas. Até mesmo o Sonhar é tem muitas presenças naturais. Além disso, a história tem o quê de fábula: esse amor diferente entre raposa e monge. Apesar de que tal amor acontece tão rápido, quase de um quadro pra outro, mas isso é compensado no desenrolar da história e dos mistérios.
Eu acho que os autores souberam desenvolver cada protagonista: a raposa e o monge, como também souberam desenvolver o antagonista, o Mestre de Ying-Yang - Onmyoji -, e o coadjuvante da história, Sandman. Sim, Sandman não é o foco dessa história, fica claro desde o começo que o foco é a raposa e suas atitudes para com o monge. Há uma motivação para que aquilo aconteça com o monge, apesar de eu não ter achado essa motivação tão interessante.
Fora isso, é uma história que diverte. Ele é bem estruturada e apresentada em seis capítulos (dois por revista, cada revista com 36 páginas). Devo admitir que eu adorei a segunda e última revistas. A segunda por mostrar já a raposa apaixonada e a última por mostrar a vingança dela contra o Onmyoji, por ter causado tal desgraça ao pobre monge.
A história surpreende pela doçura e sem aqueles tons sombrios a que Sandman remete. É uma história bonita. Vale muito a pena ler e se apaixonar pelo amor entre esses seres.
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