22 de março de 2014

Carrie, A Estranha - Stephen King

• Autor: Stephen King
• Editora: Editora Objetiva/Suma de Letras
• Gênero: Suspense/Drama
• Número de Páginas: 200 páginas
• Número de Estrelas: 3 estrelas
• Skoob: Carrie - A Estranha
• Comprar: Submarino

Oi, pessoal! Bom, para atualizar um pouco o blog, eu decidi fazer a resenha do primeiro livro do Stephen King que eu li. Infelizmente não pude ler o livro físico, então tive que me contentar em estragar a minha vista lendo no tablet. Confesso que me surpreendi com a história em si. É um livro diferente do que eu já havia lido e as adaptações não ficam para trás, obviamente.

Carrie, a Estranha narra a atormentada adolescência de uma jovem problemática, perseguida pelos colegas, professores e impedida pela mãe de levar a vida como as garotas de sua idade. Só que Carrie guarda um segredo: quando ela está por perto, objetos voam, portas são trancadas ao sabor do nada, velas se apagam e voltam a iluminar, misteriosamente.
Aos 16 anos, desajustada socialmente, Carrie prepara sua vingança contra todos os que a prejudicaram. A vendeta vem à tona de forma tão furiosa e amedrontadora que até hoje permanece como exemplo de uma das mais chocantes e inovadoras narrativas de terror de todos os tempos.
Para mim, o principal foco do livro é como as pessoas ao redor, podem influenciar nas suas atitudes. Como plano de fundo, vemos aspectos importantes hoje na sociedade como o bullying, a exagerada ética cristã, o primeiro amor, o arrependimento e características que definem os grupos sociais nas escolas. Se tratando do bullying, o livro não retrata muito isso. Claro!, podemos encontrar algumas passagens importantes que explicam o ódio guardado por Carrie White, mas acho que o bullying em si, foi focado mais na adaptação de 2013.

Rabiscado numa carteira da Barker Street Grammar School de Chamberlain, lia-se: "Carrie White come bosta."

Uma das coisas mais marcantes nas narrativas do Stephen King, talvez seja o modo cru como ele conta os acontecimentos. Mas o que seria "modo cru?" Hoje em dia, vemos que muitos autores enrolam na hora da descrição de um acidente, ou morte, ou seja qual for a cena. O Stephen King não. Ele apenas diz tudo que é necessário. A descrição desse livro não é uma das mais detalhadas, pelo simples fato de não fazer necessidade.
Extraído de: The Shadow Exploded
Fatos documentados e conclusões específicas tiradas do caso Carrieta White, por David R. Congress (Tulane University Press, (1981), páginas 34):
Dificilmente poderá ser contestado que a ausência de manifestações telecinéticas específicas durante os primeiros anos de vida da pequena White deva ser atribuída à conclusão apresentada por White e Stearns em seu trabalho: "Telecinética: Um Poder Espantoso Reexaminado."
Stephen King usou de um artifício muito interessante na obra: o uso de trechos de jornais, livros e depoimentos judiciais. Óbvio que todos são fictícios, mas utilizando isso, ele faz com que a obra seja vista por diferentes ângulos. Em certos momentos importantes, vide a Parte III do livro (o livro é dividido em 3 arcos), vemos a mesma cena sendo contada por vários personagens. Sendo eles protagonistas, coadjuvantes, ou apenas para ampliar o cenário.

A maioria dos personagens são estacionários, ou seja, seu psicológico não evolui ao longo da obra. Com exceção, obviamente de Carrie White e Sue Snell. A história toda acontece em poucos cenários, sendo os principais: a casa de Carrie, a escola Barker Street e algumas poucas cenas no bar The Cavalier. O tempo é totalmente psicológico onde estão presentes cenas do passado de Carrie e de Margareth White (mãe de Carrie), cenas no presente e algumas cenas no futuro, sendo elas mais expostas nos recortes informativos.

Uma coisa muito interessante que o Stephen King fez foi botar a telecine como uma condição genética, a qual, um simples Quadrado de Punnett pode calcular as probabilidades de você nascer com. Para mim, esse foi um dos pontos mais incríveis da obra.

A leitura discorre fluidamente bem. Sem nenhum problemas de interpretação ou com um vocabulário complicado. Uma coisa que eu sempre gosto de notar é se as palavras "ditas" pelos personagens são coerentes com eles. Aqui vemos uma coerência incrível. Você não encontrará pontas soltas na história, no máximo, uma deixa no final para um spin-off.
Eles ficaram encharcados. Carrie levou a pior. Parecia exatamente como se tivesse sido mergulhada dentro de um balde de tinta vermelha. Continuou sentada. Sem se mover. O conjunto que estava tocando mais próximo do palco, Josie e Os Moonglows, ficou todo respingado. O instrumento do guitarrista principal era branco, e ficou manchado de alto a baixo.— Meu Deus — disse eu — é sangue!
À respeito das adaptações, preciso admitir que a de 2002 foi a mais fiel. Em relação a tudo: escolha dos atores, decoração dos cenários, fidelidade à história e até mesmo a adaptação das citações de outros "livros". Em todas as 3 adaptações (1976, 2002 e 2013), a cena-auge é sempre espetacular. Apesar de não ser descrita assim no livro, a equipe de diretores e produtores dos filmes se superaram nos efeitos visuais.

É isso, pessoal! Se tiverem gostado, não deixem de comentar aqui e divulgue-nos! Esse livro é incrível e se tiverem a oportunidade de lê-lo, leiam. Vocês não irão se arrepender de jeito nenhum. Qualquer coisa, temos os filmes aí para você se familiarizar com a obra. Até mais!

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