4 de outubro de 2014

Televisão #2: Stalker [Primeiras Impressões]



Os fãs do terror e suspense tremem na base quando sai alguma notícia sobre um futuro projeto de Kevin Williamson. O mestre que criou a franquia Scream (1996) e I Know What You Did Last Summer (1997), séries premiadas e famosas como The Vampire Diaries (2009) que iniciou recentemente sua sexta temporada e The Following (2013) que irá para a sua terceira. Há certas coisas que Kevin gosta de apontar nessas obras e em várias que passaram pelas suas mãos. Mas o que esses dois filmes e essas duas séries tem a ver com Stalker (2014)?
A história acompanha a vida de detetives que trabalham na Threat Management Unit da polícia de Los Angeles. Sua missão é solucionar casos relacionados a stalkers, especializada em investigar casos de perseguição, principalmente pelas redes sociais.
É uma premissa comum, nada que CSI e NCIS façam. Mas vejam bem: estamos falando de Kevin Williamson, ou seja, não é só isso. Como essas são as minhas primeiras impressões sobre a temporada, obviamente que farei um post quando ela terminar e comparar as ideias. Mas vamos lá. O episódio piloto me cativou logo nos seus dois minutos, devo admitir. Mas, por quê, Pétrus? Ora, pois veja que temos um assassino de mulheres. E como se não bastasse só mata-las, ele as mata carbonizadas. Um serial killer. Deixe essa palavra bem guardada em sua cabeça, logo retomarei ela.

Serial killer? Então foi só isso que me conquistou? Não, muito pelo contrário. Se eu for procurar séries que tratem do mesmo assunto acharia Hannibal (2013), CSI (2000) – que vez ou outra põe um serial para abrilhantar a temporada -, Criminal Minds (2005) e por aí seguem. Todas essas séries têm serial killers e investigações sobre eles. Mas Kevin utiliza um tema bastante atual para nos chamar a atenção e dizer, subentendido, ASSISTAM MINHA NOVA SÉRIE: stalkers.

Levante a mão quem nunca stalkeou um(a) namorado(a) ou uma pessoa de quem gostava só para saber se ela saiu com os amigos e não te chamou, ou apenas para ver suas últimas fotos e status no Facebook? Esse tipo de curiosidade é normal. O problema é quando essa “curiosidade” vai além. Passa de alguns minutinhos para todo dia investigar fulano de tal nos redes sociais e pior ainda, persegui-la nos lugares em que ela vai. É aí onde está o problema. Beth (Maggie Q) nos dá algumas explicaçõezinhas logo no início do piloto que são válidas e se fazem ressaltar para todos.
Stalking é a atenção, indesejada ou obsessiva, de uma pessoa para outra. É movida pela rejeição, ciúmes, vingança. Stalking pode ser o resultado do fim de uma relação ou paranoias que são levadas aos extremos. Qualquer um pode ser um stalker. Ex-namorado, marido, um desconhecido.
Facebook, Twitter, Instagram, Snapchat, Tinder. Qualquer aplicativo em alta hoje dá muito acesso à terceiros. As redes sociais são a principal razão dos casos triplicarem na última década.
Estão vendo? Olha o perigo. Mas deixemos isso de lado um momento e voltemos à história e ao episódio em si. Depois de explicar o que é stalking, Beth recebe um homem em seu escritório e fica sabendo que ele será “o cara novo”. Para os fãs de Hostages (2013), da primeira temporada de American Horror Story (2011), deleitem-se, pois Dylan McDermott está de volta. E é aqui que eu pergunto: por que o cara novo nunca pode ser normal? Logo vemos que Jack (Dylan) tem um segredo e um passado importante. Logo de início percebemos toda a sua personalidade: galante, pedante, egocêntrico, bastante inteligente, passional e, acima de tudo, hipócrita. Curioso pois sempre que um personagem mostra tais características logo no piloto de uma série de tevê, ele se torna um personagem evolutivo no final. Algumas características se perdem, outras afloram e umas se mantém. Devo crer, então, que ele será um desses? Sim, com certeza sim.

Passemos para Beth, uma mulher que está na TMU por causa do seu passado. Logo no meio do episódio ela revela que houve uma stalker em sua vida. Mas essa revelação foi a mesma coisa que revelar algo que se foi notado com suas atitudes. Posso descrevê-la como uma mulher realista (referente à escola literária). Deixando de lado o caso principal do episódio, ela é chamada para resolver um conflito que houve entre dois amigos na faculdade em que um deles, Perry, postou um vídeo do outro, Eric, transando com a namorada na internet. Resultado? Foi tiro, porrada e bomba. Digo, sem um ou dois esses itens. Mas o caso é, o garoto Perry foi espancado por seu ex-colega de quarto e Beth acredita piamente que ele realmente postou o vídeo na internet.

Caso principal resolvido. Ótimo! Vamos falar sobre o tal stalker. Para quem assistiu The Following, vai perceber que Kevin repetiu algumas cenas. Um assassino que ateia fogo nas pessoas? Já feito. Pessoa protegida por uma escolta policial que não serve para nada? Feito. Tal pessoa sequestrada debaixo no maldito nariz dessa maldita escolta policial? Feito. O cara novo salvando o dia? Quer dizer, quem nunca fez esse tipo de coisa? Mas o problema dessas cenas citadas é a semelhança com The Following. Assistam ao episódio piloto das suas séries e vocês saberão.

Voltando ao cara novo e a chefe da agência com passado sombrio. Óbvio que explorarão bastante o passado deles, principalmente o de Beth, pois queremos saber como foi essa perseguição que ela sofreu. Além disso, ela faz m*rda no episódio e agora vai ser perseguida por um garoto de família influente. Já até posso ver as cenas que virão: ela descobre a perseguição, ela o agride, ela é afastada na agência, ela consegue acusa-lo e bota-lo na cadeia e ele diz que não ficará assim, que o pai dele o vai tirar da cadeia, etc, etc, etc.

Já sobre o cara novo, penso que ele irá voltar para sua ex depois de um stalker atentar contra a vida dela. Mas antes disso, ele vai ser rejeitado pelo filho – mais uma vez. Ah, ele também vai ajudar a Beth no caso do jovem Perry a perseguindo e eles vão ter um momento de amizade bonito.

Eu não queria seguir o modelo padrão para séries, pois aqui são apenas achismos do que virá. No final da temporada, eu voltarei para explicar tintim por tintim do que aconteceu e ver se tudo que eu ponderei se cumpriu. Vejam bem, eu escolhi as palavras para dar um tom de ironia mesmo. Tais observações não foram feitas a partir de um estudo minucioso das obras de Williamson, mas apenas com base em filmes e séries que assisti e livro que li. Pode ser que tudo seja cumprido ou até mesmo nada. Não irei falar mais nada, pois esse texto já está grande demais.

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