1 de outubro de 2014

Doctor Who, Hora Nenhuma - Neil Gaiman


Autor: Neil Gaiman
Editora: Rocco Digital
Gênero: Ficção Científica, Aventura
Número de Páginas: 41 páginas
Número de Estrelas: 3 estrelas

Doctor Who, se não a, é uma das minhas séries de tevê favoritas. Posso não ser daqueles que conhecem a série por terem acompanhado desde a infância no canal TV Cultura, mas será que isso tira todo o meu mérito de ter conhecido e me apaixonado por tal ícone da cultura pop? Creio que não. Desde o começo do ano venho esperando pelo lançamento deste e conto e eis que lhes apresento meus comentários a respeito desta historieta.

 Milhares de anos atrás, os Senhores do Tempo construíram uma prisão para o Kin. Construíram-na para ser impenetrável e inalcançável. Enquanto os Senhores do Tempo existissem, o Kin permaneceria em sua Prisão e o universo estaria a salvo. Eles tinham tudo planejado… tudo, menos a Guerra do Tempo e a queda de Gallifrey. Agora, o Kin está livre outra vez e no universo só existe um Senhor do Tempo que pode pará-lo!
A história que, de início, lembrou-me muito o episódio The Eleventh Hour (que é o episódio de estreia do décimo primeiro doutor na série). Mas qual episódio de Doctor Who não conta com um antigo inimigo dos Time Lords tentando destruí-lo? Alguns poucos. Pois bem, a história começa bem como um roteiro de um episódio e isso vai se estendendo até a última página. 

Por não ter lido os outros contos – e é provável que nem chegue a lê-los – não sei se os outros autores também empregaram toques medonhos nas suas respectivas histórias. Neil inseriu rostos deformados, monstros mascarados, tetos com pelos e até um Lobo Mal. E em falar em Lobo Mal, a história até que lembra muito a fábula da Chapeuzinho Vermelho. Polly Browning segue o mesmo rumo que nossa velha conhecida de capuz vermelho: inocente e serelepe, segue até uma residência que lhe é confortável e conhecida e acima de tudo sozinha; lá chegando, encontra com um Lobo Mal que a ataca. O final é o mesmo: o bravo herói chega para salvar a mocinha... No caso, as mocinhas. 
“Na quinta-feira, um jovem alto de paletó de tweed e gravata-borboleta bateu à porta.” 
 Ler esse conto me trouxe fortes emoções. Logo no começo do segundo capítulo, ao ler a palavra “Amy”, meus olhos encheram-se d’água por causa da saudade. Como é bom ver uma aventura (perdida?) de dois personagens que amo tanto: Amelia Pond e o Décimo Primeiro. Como eu falei acima, esse é o único conto que esperei lançar, não sei se pelo fato de relembrar Matt Smith como protagonista ou somente por ter me afeiçoado a personalidade do Doctor em questão. 

Como é incrível que Neil Gaiman tenha conseguido captar coisas tão simples e ao mesmo tempo tão importantes da série: os sons da TARDIS, o jeito de falar e agir dos personagens e até mesmo o modo como a aventura é contada. 

Agora é só esperar a coletânea ser lançada em livro físico e comprar. Será que veremos algum conto com o Capaldi? Bom, isso é assunto para depois.

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