16 de julho de 2014

Algoritmos Sagrados #1: Almas Seladas - M.L. Pontes

• Autor: Marcelo L. Pontes
• Editora: Modo Editora
• Gênero: Fantasia
• Número de Páginas: 223 páginas
• Número de Estrelas: 3 estrelas
• SkoobAlmas Seladas
• ComprarLivraria Cultura

Ontem na crítica ao filme Transcendence eu falei ao como se a teoria fosse melhor que a prática. Bom, venho trazer a resenha de um livro que sofreu do mesmo problema. Hoje eu venho falar do primeiro livro de uma série do parceiro do blog, Marcelo Pontes. Ele também é do tempo do Literatura em Rabiscos - como a maioria - e concordou em continuar a parceria.

No ano de 1992, no dia 29 de fevereiro, duas crianças predestinadas nascem - Layla e Victor. Layla passa por todo tipo de sofrimento - pessoas queridas morrem em acidentes bizarros -, e a cada morte, uma nova cicatriz aparece em seu corpo. Victor, ao contrário, tem uma vida perfeita, um garoto que nasceu incapaz de sofrer. Victor e Layla se encontram e se apaixonam, um amor sem limites. O romance tinha um destino certo, a felicidade, mas eles não sabiam que eram peças de um complexo jogo entre o bem e o mal chamado 'Algoritmos Sagrados'.
Logo de cara, o design me chamou a atenção. A diagramação e todas as artes desse livro são lindas. A paginação é do lado da página e não embaixo. A capa é linda e além disso, há algumas edições ao longo do livro. Sempre no começo de cada capítulo há uma imagem maia com pouca opacidade e uma citação que tem relação com os acontecimentos do capítulo.

Foto de uma das artes que tem no miolo do livro
Em contra partida a toda essa beleza de diagramação, o livro possui alguns erros de revisão e digitação. Falta de pontuação, principalmente. Isso acaba pegando mal para o próprio autor, não é?!

Ainda comentando sobre o roteiro do livro, ele me lembrou muito o roteiro de um filme de ação e até mesmo da franquia Final Destination. Sabe aquelas mortes que acontecem por acaso, onde o destino parece influenciar todos os elementos para tal personagem morra na franquia? Então, aqui acontece do mesmo jeito. O autor até descreve como esses elementos interagem para que tal morte ocorra. O problema é que as mortes são bem melhores descritas que os outros fatos.
Durante uma manutenção, o mecânico, por acidente, havia desconectado a mangueira que bombeava o fluido de freio. Os freios funcionaram por três curvas, sem que o motorista percebesse o problema, até que veio a perder o controle e atingir o rapaz.
Alguns momentos, o livro parece uma novela adolescente, bem Malhação. As cenas em o autor foca no desenvolvimento do romance entre Victor e Layla. São bem fofas e românticas as passagens.

Outro evento interessante é a aula de História que o autor nos dá no capítulo IV (Revelações) a respeito da cultura maia e inserindo a mitologia da obra, que não é tão explorada nesse livro. Mas o autor me falou que já no segundo, as coisas vão ficando bem mais claras. O autor também utiliza de fatos reais para dar ênfase na atmosfera mística.
— Acrescentar? 'Piro'  de vez? É tu 'que tem' que batucar no tamborim, saco?
Eu tive um sério problema com os personagens. Os quatro primeiros capítulos eles até foram bem apresentados, mas depois... foi como se tudo desandasse para mim. Eu achei todos extremamente irritantes e com atitudes bem exageradas. Eu também sou muito cri-cri quanto às falas dos protagonistas das obras, mas apesar de os diálogos condizerem com quem fala, eu achei elas muito risíveis de tão irreais. Além de algumas serem bem dispensáveis.

Cheguei a conclusão de que o livro foi salvo pelo último capítulo. Em suma, eu achei que o livro não foi previsível, ou pelo menos, não para mim. Mas infelizmente a teoria foi bem melhor que a prática, mas creio que isso seja consertado nos próximos livros da série.

O autor está produzindo uma graphic novel desse livro, a qual você pode dar uma olhada clicando aqui. Você também pode adquirir o segundo livro da série, Máscaras Reveladas pelo site da Modo Editora.

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